Publicado: 20 Março 2024
10 Atitudes para largar a pobreza
” que atenta para o ensino acha o bem, e o que confia no SENHOR, esse é feliz.“
Provérbios 16:20
As razões que levam alguém a querer enriquecer podem ter relação com pressupostos que a pessoa decide perseguir para alcançar o objetivo. O enriquecimento pessoal pode ter várias dimensões e significados, indo além do aspecto financeiro e até alcançar aceitação de si mesma. Esse foi o meu caso, que vim de uma família pobre e passei por rejeição quando criança por ser bastarda.
Tínhamos casa própria, mas desde criança percebia como as questões de alimentação, vestuário ou mesmo comer algo mais caro era difícil de acontecer. O leite, por exemplo, era uma bebida de luxo. Compartilho algumas atitudes que adotei, para deixar a pobreza para trás:
1.Deseje a riqueza: quando tinha 8 anos, era mandada para a casa de uma tia nas férias. Me falavam que era para brincar com minha prima que tinha mais ou menos a mesma idade que eu. Acontece, que ao chegar lá me davam trabalho para fazer. Eu tinha que lavar louça todos os dias, limpar banheiro, varrer o quintal, a casa e até cozinhar sob a supervisão da minha tia. Em minha visão infantil de menina pobre, aquela tia era rica.
Ela tinha uma casa e condições que minha família pobre não tinha. Não, ela não tinha carro, mas a casa era espaçosa, limpa, com móveis brilhantes, uma cristaleira cheia de peças lindas de porcelana e um cheiro muito bom. Foi então que desejei ser rica como a minha tia era. Me imaginei com uma casa tão confortável como aquela. E, olhe, que o marido dela era um funcionário público.
2.Trabalhe: possível que o fato de o meu tio ter sido um funcionário público tenha influenciado a minha forma de ver o funcionalismo e, quase sem perceber, dirigi as minhas ações para trabalhar numa empresa pública. Penso hoje que, no meu subconsciente, eu entendia que esse era o caminho para alcançar aquele padrão de vida ideal da minha tia. Assim, tracei um objetivo profissional que incluía um serviço público e uma carreira.
“…Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a…“
Gênesis 1:28
3.Persevere: descobri que a continuidade e a repetição sistemática de padrões de qualidade eram observadas e remuneradas. Assim, passei a observar horários, comprometimento no trabalho, entrega de tarefas no prazo, qualidade, enfim, essas coisas que são valorizadas num emprego público.
4.Estude: notei, quando adolescente, que estudar era a única forma de sair da pobreza. Assim, segui uma lógica que me beneficiaria nos meus projetos de uma vida melhor. Identifiquei, por exemplo, nos idos de 1980, que ter um curso de Inglês me abriria portas. E, assim, com baixíssima condição financeira, me atirei no desafio de aprender a língua. Ajudou? Muito. Depois disso, fazer duas graduações e duas especializações ficou mais fácil. E, continuo a estudar até hoje. O conhecimento abre portas para oportunidades que estão aí esperando para serem colhidas. Foi assim que construí uma carreira em meu emprego público.
5.Inspire-se em quem deu certo: chamam isso hoje de modelar (não é invejar). A modelagem apresenta um método, um passo a passo que se constrói para ter certos resultados. Fiz isso quando jovem e faço até hoje quando sou aposentada. Creio que a vida se constrói enquanto vivemos e compreendemos que somos agentes de nossa história.
6.Cultive valores: até a Bíblia entrar em minha vida, não tinha ideia do que fossem valores pelos quais devesse arriscar o emprego, perder dinheiro e não receber aplausos por não abrir mão deles. No entanto, garanto que os valores como honestidade, trabalho, ética, amor ao próximo, justiça e respeito sempre serão os alicerces para que o ser humano alcance a plenitude de vida.
7.Vença o medo: lidar com o medo pode ser desafiador, ainda assim, enfrente-o porque os avanços para a construção do ser pleno depende de se conseguir passar nas fases que a vida apresenta, bem como nos jogos eletrônicos. Sem uma etapa vencida, a pessoa não passa para a fase seguinte.
8.Decida: a indecisão é tal uma pedra com limo que não permite avançar. Para chegar no degrau seguinte, pode ser que você caia ao tentar escalá-la, mas decida. Só dá para saber que acertou se tentar.
9.Diga não: pode ser difícil, mas creia, tem pessoas que farejam a abundância financeira e aparecem com uma história triste, bem elaborada, para levar os recursos daquele projeto que você tem para tocar. Muita atenção, são as pedras do caminho para serem contornadas. Observe o que essa pessoa tem feito com os recursos que chegam até ela. Geralmente são consumistas, têm vícios que levam o dinheiro delas, e querem levar também o seu.
10.Ajude pessoas: isso mesmo! Não se contrapõe ao item 9 porque são complementares. Tenha discernimento para dizer não no momento certo, mas registre o seguinte “no caminho, temos experiências transformadoras, e é no caminho que também ajudamos pessoas” Pastor Tiago Brunet.
“O entendimento, para aqueles que o possuem, é fonte vida; mas para o insensato, a sua tolice lhe é castigo.”“
Provérbios 16:22
A observação e a comparação me ajudaram muito a entender que os apertos financeiros alcançam algumas famílias, e outras não, ou se as alcançam logo são vencidos. Observar hábitos, vícios, objetivos de vida, forma de falar e agir, a educação, me levaram a considerar que têm os melhores resultados aqueles que reúnem atitudes e comportamentos que a maioria das pessoas não observa.